INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

Visualizações

AUTOR DO BLOG

AUTOR  DO  BLOG
Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O tempo do cotidiano e o tempo histórico - 4ª Parte

Por: Mauro Luis Iasi. Continuando com a Fonte: Blog da Boitempo
A grandiosidade de seus monumentos fariam parecer eterno seu poder, como Roma, no entanto, Herodes morrerá cerca de quatro anos depois e Roma sucumbirá e dolorosa fragmentação até a deposição do último imperador romano em 476 d. C., enquanto a pobre criança perseguida, presa quando adulta, torturada e executada como criminoso na cruz ao lado de ladrões, será a base de uma religião que suplantaria a grandiosidade dos templos de Herodes e o Império que executou o homem para tornar suas ideias imortais. Ainda que a exata conexão dos fatos e das dimensões temporais só possam ser averiguadas com o próprio desenvolvimento da história, ele estavam lá, presentes no momento dos acontecimentos cotidianos. Herodes caminhava já para sua morte, assim como germinava no grandioso Império Romano a decadência que levaria à sua queda. Vivemos, já dizia Hegel ao seu tempo, sempre a morte de um mundo no momento em que germina outro, mas no âmbito da vida cotidiana temos a ilusão da eternidade do presente, sempre foi assim e sempre será, grita nossa consciência prenha de ultrageneralização. É difícil separar as pedras que caem em ruínas, pois são as mesmas que edificam as novas fundações daquilo que se constrói. São lamentáveis os patéticos esforços daqueles que se agarram às ruínas e zombam dos esforços dos construtores, assim como é muito difícil desprender-se da miséria dos tempos para ver além da noite que parece eterna. Sempre me causou estranhamento a persistência daqueles que moram perto de vulcões ativos. Constroem suas casas, cultivam a terra e erguem suas cidades, criam seus filhos, ao lado do caminho da lava que ainda há pouco corria fluida e incandescente. Correm desesperados ao menor tremor e ameaça da gigante boca de fogo e destruição, mas logo voltam para reconstruir suas vidas em terras renovadas e férteis. Mas, talvez, assim sejamos todos nós, este estranho ser que se denomina de humano. Somos construtores de futuras ruínas, nascendo agora para morrer depois, querendo acreditar ser eterna a vida que temos, o amor que encontramos, os laços que nos unem. Talvez. Ó Wall!!! Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário