Por: Aline Torres, DCM
Invisível: Corpo ficou mais de duas horas na areia antes de ser levado ao IML. Incidente não impediu dia de lazer na praia. José Zeferino. Alagoas. Foram as últimas palavras ditas pelo jovem de 23 anos. A princípio os policiais que o socorreram acreditavam ser este seu nome. Não era. Ele se chamava Jadson da Silva Pereira, também alagoano, de Maceió. A investigação suspeita que antes de morrer ele ainda teve forças para denunciar o seu algoz. Os banhistas da Lagoinha do Norte, praia de Florianópolis, pertinho de Canasvieiras, o viram correr desesperado, perseguido por outros dois homens. Foi alcançado em frente à guarita dos salva-vidas. Foram tantas facadas, que teve o rosto, as costas e o abdômen perfurados. Morreu na areia, domingo, às 14h. Seus assassinos fugiram. A Delegacia de Homicídios investiga o crime. Nas praias floripanas sempre há nordestinos. Vendem cangas, redes, castanhas ou queijo coalho. Às vezes, agentes da Prefeitura recolhem suas mercadorias. No mais, trabalham sem folga, carregam cargas pesadas, alugam barracos e os dividem com os colegas de labuta. São migrantes que vieram apenas para trabalhar. Os vendedores não são vistos em bares ou restaurantes. Também não vão à praia para apreciar um dia de sol, estirados nas cangas que vendem. Na capital catarinense permanecem por cinco meses, de outubro a março. Ó Wall!!!! Continua...
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05 de JULHO de 2010
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