INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O Futuro de nossas crianças

Pois é gente, seguindo o Intervalo, o responsável por campanha polêmica explica por que decidiu usar imagem de garoto sírio em outdoor. Uma campanha desenvolvida pela GCA Comunicação ganhou grande repercussão nas redes sociais, na última semana. Tomando como referência a passagem do Dia das Crianças, a agência paraibana estampou em outdoors a imagem do garoto sírio Aylan Kurdi, de 3 anos, encontrado morto em uma praia da Turquia, após a embarcação em que viajava com a família naufragar. Junto com seus pais e o irmão, ele tentava entrar clandestinamente na União Europeia em busca de refúgio. A imagem foi acompanhada pela frase “O futuro de nossas crianças não pode morrer na praia”. A ideia impactou muita gente e acabou dividindo opiniões. Na noite da terça-feira (13), o responsável pela GCA, Abelardo Carlos, procurou a equipe do Intervalo Online para falar sobre o caso. Segundo Abelardo, a campanha foi produzida levando em conta que “a data seria apropriada para uma reflexão profunda do que se passa com crianças aqui e em outras partes”. Por e-mail, ele enviou uma nota intitulada “A Hora dos Indiferentes”, na qual explica que a foto de Aylan Kurdi não estava no outdoor para ser usada na venda de algum produto, mas simbolicamente para que “lembrássemos que o futuro de nossas crianças não pode morrer na praia”.
“Nós temos nossos Aylans morrendo de bala perdida, de inanição, de fome, na porta de hospitais, nas ruas, nos barracos das favelas e sempre diante da indiferença das mesmas pessoas que dizem ‘chocadas com imagem tão forte!’”, disse. O representante da agência destacou ainda que a ideia era impactar as pessoas, já que “imagens fortes têm o poder de levar quem a vê a uma reflexão”. “O que queremos é que cada um de nós deixe de lado a indiferença, faça sua parte, por menor que seja para que a cada hora possamos salvar um Aylan numa praia da Turquia ou bem perto de nós na aridez do nosso sertão”, argumentou.
Confira a nota na íntegra:
A HORA DOS INDIFERENTES
A hipocrisia não é um privilégio nosso, mas é um sentimento que grassa mundo afora. Na comemoração do dia da Criança produzimos um outdoor, levando em conta que a data seria apropriada para uma reflexão profunda do que se passa com crianças aqui e em outras partes. A fotografia impactante do garoto sírio Aylan Kurdi encontrado morto em uma praia da Turquia que virou símbolo da indiferença e da hipocrisia para alguns, leva qualquer cidadão comum a reflexões importantes. A foto não estava ali para ser usada na venda de algum produto, mas simbolicamente para que lembrássemos que o futuro de nossas crianças não pode morrer na praia. Nós temos nossos Aylans morrendo de bala perdida, de inanição, de fome, na porta de hospitais, nas ruas, nos barracos das favelas e sempre diante da indiferença das mesmas pessoas que dizem “chocadas com imagem tão forte”! Ao ler esse artigo alguma criança está tendo seu futuro interrompido em algum lugar desse planeta, e por que não por aqui também? Um outdoor não deixa escolha e obriga os indiferentes a ver a imagem polêmica. Não podem agir como fazem cotidianamente, não podem fechar o vidro do carro para não atender á criança pedindo nos semáforos. Que tal uma visita aos lixões? Uma criança tomando água turva tirada de um barreiro disputada por animais que jogam seus dejetos ali mesmo. Ou frequentar a fila do SUS com uma criança doente ao colo. Que tal? Ficam chocados com uma imagem que foram, de certa forma obrigados a ver, mas não se importam com aquelas que o descaso e a indiferença fazem questão de esconder dos olhos e da alma. Para lembrar o comentário do jornal britânico “Independent”: “Se estas imagens com poder extraordinário de uma criança síria morta levada a uma praia não mudarem as atitudes da Europa com relação aos refugiados, o que mudará?” (G1). Imagens fortes têm o poder de levar quem a vê a uma reflexão. O que queremos é que cada um de nós deixe de lado a indiferença, faça sua parte, por menor que seja para que a cada hora possamos salvar um Aylan numa praia da Turquia ou bem perto de nós na aridez do nosso sertão. Abelardo Carlos (GCA Comunicação). Ó Wall!!!

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