Continuando com a Fonte: Super Interessante.
“Há uma forte evidência de que a serotonina inibe o comportamento violento, agressivo e impulsivo. Mas o que sabemos sobre a ligação entre esses comportamentos e o suicídio?”, escreve a psiquiatra americana Kay Redfield Jamison, portadora de depressão bipolar, familiarizada com a ideação suicida (ela mesma já tentou se matar) e autora do livro Quando a Noite Cai. “Embora muitos pacientes tenham planos bem formulados para o suicídio, a cronometragem definitiva e a decisão final para a ação costumam ser determinadas por impulso.” Portanto, os fatores biológicos são particularmente importantes para a decisão sobre quando apertar o botão “morrer”.
A participação genética no suicídio vem sendo pesquisada desde a década de 1920. Um estudo feito na Dinamarca mostrou que os parentes biológicos de pessoas que foram adotadas quando recém-nascidas e que se suicidaram posteriormente tinham taxas de suicídio significativamente maiores que as observadas entre os parentes adotivos. Entre gêmeos idênticos, de acordo com uma pesquisa americana, a possibilidade de um irmão se matar caso o outro já tenha se suicidado gira em torno de 15%. Para os gêmeos não-idênticos, a taxa cai para 2% ou 3%. Tal componente genético poderia explicar, em parte, os casos de suicídio numa mesma família. Filhos de pais depressivos teriam uma predisposição maior à doença. Por isso, muitos especialistas incluem os parentes de um suicida no grupo de risco. Mas, no caso de padrão familiar para o suicídio, não só a genética pode exercer influência sobre o comportamento, mas também o modelo presente naquele núcleo social. Filhos podem se inspirar na solução que pais suicidas encontraram, por exemplo, de usar a morte como saída para um conflito. Ó Wall!!! Continua....
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05 de JULHO de 2010
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